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Casal que matou e enterrou filha na cozinha de casa em Caçador é condenado a 58 anos de prisão

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Um casal foi condenado a 58 anos de reclusão, no total, por homicídio quadruplamente qualificado após matar a filha recém-nascida e enterrá-la na cozinha de casa, ainda com o cordão umbilical, em Caçador, no Oeste de Santa Catarina, informou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).


O júri popular, que começou às 9h da última sexta-feira (1º), durou 17 horas. A mulher foi sentenciada a 30 anos de prisão. O homem, condenado também por ocultação de cadáver, a 28 anos.


Segundo o TJSC, o homicídio ocorreu entre os dias 1 e 6 de novembro de 2023, no imóvel onde também morava a avó paterna do homem. O casal teria asfixiado a criança por intoxicação por álcool etílico.


Após a morte, o corpo foi deixado sobre a cama do casal até o dia seguinte. Conforme o órgão, em seguida, os réus cavaram um buraco na cozinha e o enterraram debaixo do piso sob a geladeira.


O cadáver foi encontrado dentro de uma mochila, envolto de um saco plástico de lixo, ainda com o cordão umbilical e o bracelete da maternidade.


Segundo o TJSC, o crime foi cometido por temer censura em relação à gravidez. A mulher tinha escondido a gestação.


Os dois acusados foram condenados pelo homicídio qualificado pelo motivo torpe, mediante asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima e praticado em face de menor de 14 anos. Ambos vão cumprir a pena em regime fechado.


O casal havia sido preso em flagrante em 12 de novembro de 2023. Na época, investigadores receberem um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da mãe da criança, feita por um familiar, que não conseguiu contato com a mulher.


A polícia descobriu, então, que ela e o companheiro, de 22 anos, cometeram o crime.


A investigação da Polícia Civil começou em 10 de novembro de 2023. Cerca de 72 horas depois, os dois foram detidos. A criança foi asfixiada entre o trajeto do hospital até a casa logo após o nascimento.


À época, o delegado Marcelo Colaço, da Delegacia de proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Caçador (DPCAMI), informou que os dois confessaram o crime e indicaram o local em que a bebê estava enterrada.


Fonte: G1 Santa Catarina

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