EXCLUSIVO: Advogado concordiense e advogada piratubense estão entre os presos nesta quinta

A quinta-feira, 13 de junho, foi agitada na área policial do Alto Uruguai Catarinense e do Meio-Oeste Catarinense. O dia marcou mais uma etapa de trabalhos de campo da operação batizada de BALTHUS, liderada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Por determinação do Judiciário Catarinense, equipes do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) e o GEFAC (Grupo Estadual de Enfrentamento a Facções Criminosas ) estão cumprindo 11 mandados de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva e 3 de suspensão cautelar do exercício da advocacia, todos expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Joaçaba.

Entre os alvos desta fase da operação, conforme informação recebida pelo Portal SEM CENSURA, estariam um advogado concordiense de iniciais A.P. dos S., preso nesta manhã em Joaçaba juntamente com sua esposa, e a advogada piratubense de iniciais V. M. S.. Eles foram abordados pelos agentes por suspeita forte de envolvimento com o crime organizado. A acusação que recai sobre o advogado e a advogada é de abusar de suas prerrogativas profissionais para facilitar a comunicação entre presidiários, uma prática que é conhecida como "Sintonia".

O advogado preso hoje em Joaçaba atuou durante muitos anos em Concórdia como empresário, inicialmente, e depois como advogado. Em Joaçaba, inclusive, ele teria recebido convite para participar das Eleições Municipais 2024 como candidato a cargo eletivo, decisão que ainda não havia comunicado oficialmente. Ele já constituiu defesa e seus advogados deverão entrar com pedido de habbeas corpus nestas próximas horas.

A Operação Balthus recebeu esse nome em alusão a um tipo específico de nó de gravata, o "nó Balthus". No linguajar prisional, "gravata" é o termo utilizado pelos detentos para se referir aos advogados. O nome da operação reflete diretamente o foco das investigações: advogados suspeitos de abusar de suas prerrogativas profissionais para facilitar a comunicação, ou - sintonia-, entre os presos.